quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Dilema Mãe X Profissional da Saúde

Quando o Davi nasceu e a médica pediatra anunciou a suspeita da Síndrome de Down, fomos orientados a fazer o exame de cariótipo, para confirmação dessa suspeita. Assim fizemos. Fomos a Brasília para fazer o exame. Chegando lá, médica experiente, logo detectou as características do nosso bebê e me perguntou se eu sabia quais eram essas características. Fui elencando algumas. Quando falei da "hipotonia", um termo talvez diferente do que ela estivesse acostumada a ouvir de seus pacientes, olhou para mim e me perguntou qual era minha formação. "Fonoaudióloga", disse. E ela emendou: "Que bom, assim você poderá trabalhar bastante com seu filho. Imagine, uma fonoaudióloga dentro de casa!". Naquele momento me senti tão desrespeitada! Do meu filho eu não sou terapeuta; sou MÃE! Não bastasse o baque da notícia, ainda era imposto sobre meus ombros a responsabilidade de lidar com Davi como se fosse outra pessoa, um paciente. "Fiz fonoaudiologia para tratar dos seus filhos, não dos meus!", pensei. Nenhuma mãe quer que seus filhos tenha qualquer tipo de problema! Toda informação e experiêcia daquela dedicada médica não foram suficientes para lidar com a minha situação, naquele momento. A sensibilidade fica de lado, quando há só conhecimento, sem experiência "na pele". Certamente, desse momento em diante, saberei lidar com pais de crianças deficientes de uma forma profissional, porém, muito mais próxima, entendendo mais o que eles passam. Coisa que nenhum livro pode ensinar.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Voltar as práticas antigas

Para voltar a escrever e me deleitar com esta prática, como antigamente. Escrevia tão bem, gostava do que escrevia. Mas, sem praticar, fui esfriando. Quero e preciso voltar a escrever, criar e desabafar!