sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Por um Mundo Melhor

Davi começou a estudar. Estamos muito orgulhosos dele. Ele está amando a escola, que é muito boa, mesmo, e este menino soube apreciar isso. Bem, nesse período de adaptação, os pais permancem na escola, caso haja algum contratempo com a criança. Não foi o caso do Davi, q fez cara feia para mim, quando, ao término da aula eu disse "vamos pra casa?"!!! Mas, num desses dias de chá de cadeira, conversava eu com uma outra mãe de criança com síndrome de down, um ano mais velho q o Davi. Ela estava me contando sobre um programa de enriquecimento instrumental, o PEI, que formou advogados com síndrome de down, para mostrar a eficácia do mesmo. Ela se reportou ao seu primo, que também é advogado, e que lhe contara, orgulhosamente, seu grande esforço para livrar das grades um homem que lhe havia confessado, em particular, um crime. E, dizia ela, uma pessoa com síndrome de down, sabendo que alguém era criminoso, nunca livraria essa pessoa da cadeia, mesmo sendo seu ofício, mesmo sendo paga para isso. Disse eu, "então esses advogados com síndrome de down estão melhorando a classe!!!" (Me perdoem a brincadeira os advogados). Nós duas rimos. Sim, a despeito da deficiência intelectual, podemos nós aprender outros valores com essas pessoas, que têm muito a nos ensinar.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Sucesso ou fracasso

Às vezes fico meditando sobre como criar meus filhos de forma que eles tenham sucesso na vida. Fico preocupada com educação, cultura, bons relacionamentos. Ter um filho com síndrome de down me fez pensar nessas coisas de uma forma mais séria e mais ampla. Tantos preconceitos têm sido quebrados, quando penso nas conquistas das pessoas com síndrome de down. Inteligência era o que definia se uma pessoa na escola iria bem ou não. E inteligência era definida, na prática, como a capacidade de uma pessoa de decorar a matéria para obter bons resultados nas provas. Na vida cotidiana, essa capacidade não me parece ter tanto valor assim... Mas, e as pessoas com deficiência intelectual? Pobrezinhas, confinadas a viverem dentro de suas casas, sem valor e sem função. Mas hoje, graças a Deus, e a movimentos de pessoas conscientizadas, essa realidade tem mudado. Assisti a uma reportagem na TV Globo, sobre o Humberto Suassuna, professor de educação física, com síndrome de down, que me deixou boqueaberta! Que maravilha o exemplo desse rapaz! De sucesso! Saber que uma pessoa com síndrome de down pode ter sucesso na vida!!! Saber que uma pessoa com deficiência pode ser normal!!! "Ser diferente é normal"! Que bom que essa frase tem tomado proporções cada vez maiores e mais próximas da sociedade! Que bom imaginar que, quando meu filho chegar a ser adulto, a sociedade estará um pouco mais aberta para essas pessoas!